Quando a estudante Lauren Brown escutou o tumulto, fogos de artifício incluídos, supôs que os ruídos viessem de casas de estudantes próximas. Então, por volta das 4 da manhã, ela ouviu helicópteros. Mais tarde acordou com notícias e imagens de um ataque violento de manifestantes pró-Israel a um acampamento montado em protesto contra a guerra em Gaza. “Foi difícil de assistir”, afirmou Brown, de 19 anos, caloura da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, cujo dormitório ficava próximo do acampamento. “Eu me perguntei onde estaria a polícia? Vi postagens de gente falando ter sido atacada com gás lacrimogêneo e cassetetes, e que a segurança do campus apenas observava.”
Um grande contingente policial chegou e esvaziou à força o amplo acampamento na manhã da quinta-feira 2. Rojões foram lançados para dispersar a multidão reunida, e mais de 200 manifestantes foram presos. Depois disso, funcionários do campus foram vistos a recolher barracas destruídas e pedaços de madeira compensada pichados com spray e a jogar tudo em caçambas de lixo cinza. Cenas de tumulto parecidas ocorreram em cerca de 40 universidades e faculdades nos Estados Unidos, o que levou a confrontos com a polícia, detenções em massa e uma diretriz do presidente Joe Biden para restabelecer a ordem. A agitação tem se ampliado de costa a costa dos Estados Unidos em escala nunca vista desde os protestos contra a Guerra do Vietnã, nas décadas de 1960 e 1970.
13 Notícias a cada 13 Minutos!