O furacão Melissa evoluiu para a categoria 5, o nível mais alto na escala Saffir-Simpson, e avança sobre o mar do Caribe com ventos sustentados de 260 km/h, ameaçando a Jamaica, Cuba e as Bahamas. Na Jamaica, o governo ordenou a evacuação da capital Kingston, Porto Real e outras cidades, mobilizando 900 abrigos para proteger a população.
Segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA, o fenômeno deve tocar o solo jamaicano na madrugada desta terça-feira (27) e, em seguida, atingir Cuba, seguindo para as Bahamas até quarta-feira. O furacão se deslocava para oeste a 6 km/h, localizado a cerca de 205 km ao sul-sudoeste de Kingston e 505 km ao sudoeste de Guantánamo, em Cuba.
Melissa é considerado o furacão mais intenso da história recente a atingir diretamente a Jamaica, com potencial de provocar até 76 centímetros de chuva e marés de tempestade que representam risco à vida. O vice-presidente do Conselho Jamaicano de Gestão de Riscos de Desastres, Desmond McKenzie, alertou:
“Muitas dessas comunidades não vão sobreviver a esta enchente. Kingston é baixa, extremamente baixa… Nenhuma comunidade em Kingston está imune a inundações. Quero pedir aos jamaicanos que levem isso a sério. Não joguem com Melissa. Não é uma aposta segura.”
Os dois aeroportos internacionais da Jamaica foram fechados no domingo, enquanto a população busca se proteger nos abrigos disponibilizados. O fenômeno também pode impactar a presença militar dos Estados Unidos na região, que mantém bases estratégicas no Caribe.
O furacão Melissa evoluiu rapidamente desde sábado, quando ainda era uma tempestade tropical, reforçando a necessidade de atenção máxima e preparação emergencial nos países ameaçados pelo fenômeno.
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