Deputados e senadores decidiram adiar mais uma vez a sessão do Congresso Nacional, inicialmente convocada para esta quarta-feira (24), para analisar vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).O adiamento ocorreu após o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se reunir com os ministros da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa. Líderes do governo também estiveram presentes no encontro.O anúncio foi feito por Pacheco no começo da noite de hoje. “De fato, não havia um mínimo consenso em relação a tudo quanto havia de projetos de vetos”, disse o presidente do Congresso. “Então, nos demos mais esse prazo para que possam os líderes entabular o máximo possível dos acordos, sobretudo em relação aos vetos da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual”.A expectativa é que a nova sessão para análise dos vetos seja realizada no período entre 7 e 9 de maio.“Aí, com uma data realmente definitiva, não haverá mais possibilidade de adiamento, eu avisei isso ao líder [do governo, senador] Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) de que não será possível mais adiamento da sessão do Congresso porque já é um momento de deliberarmos a respeito desses vetos do presidente da República”. A reunião durou cerca de duas horas e foi realizada na residência oficial do Senado. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), foi convidado, mas não compareceu.Diante da possibilidade de sofrer uma derrota com a derrubada dos vetos, o governo pressionou durante todo o dia para que a sessão não ocorresse.Entre os temas mais polêmicos, o Palácio do Planalto temia a derrubada do veto ao Orçamento que estipula um calendário para a liberação das emendas parlamentares.Outro ponto diz respeito à distribuição de R$ 5,6 bilhões em emendas de comissão. E o veto mais recente é ao “PL das saidinhas”, no trecho que impede o preso do regime semiaberto de visitar a família.O governo já havia conseguido adiar a votação marcada para 18 de abril. Até o momento, 32 vetos precisam ser apreciados pelos parlamentares. Do total, 28 trancam a pauta, ou seja, impedem a votação de qualquer projeto até que sejam analisados. Compartilhe:
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